Aonde irás a passear tua beleza
No vestido azul-turquesa
Que, um dia, eu te comprei?
Era um tempo de sonhar e fantasia
Quem diria que (mais dia, menos dia)
Eu viria a acordar
Dizem que nada é permanente
Que não mais que de repente
Tudo pode se acabar
Hoje, disfarçado de banca de revista
Eu vivo nesta esquina para (só!) ver-te passar
Pensar nisto
Nestas horas me consola
Hoje estás com a bola toda
Mas quem sabe - amanhã!
Meu olhar indiferente
Já me arrisco a olhar outras vitrines
À procura do turquesa
Para alguém que [com certeza!]
Amanhã, meu jornal virá comprar
Aonde irás?